O 100fronteiras.com é um portal dedicado ao jornalismo local na Tríplice Fronteira. Com mais de 18 anos de experiência, promovemos conexão e informação relevante para a comunidade das regiões do Argentina, Brasil e Paraguai.
A 115ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, acontecerá nos dias 13 a 15 de setembro em Foz do Iguaçu. O evento abordará temas como o sistema de transporte coletivo urbano e a sustentabilidade da mobilidade nas cidades.
O fórum, que acontecerá no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, contará com a presença de 150 profissionais, incluindo secretários e gestores municipais de transporte e trânsito de todo o Brasil.
Criado em 21 de junho de 1990, o fórum serve como plataforma para que os gestores da área se reúnam periodicamente para discutir questões, compartilhar experiências e propor iniciativas, incluindo estudos e alterações legislativas pertinentes ao setor.
Esta edição do evento, que terá início às 9h do dia 13, é uma colaboração entre a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, o Foztrans (Instituto de Transportes e Trânsito) e a Associação Nacional de Transporte Público (ANTP).
Os debates terão início às 10h30 com o Bloco 1: “Foz do Iguaçu – a cidade além das Fronteiras – Desafios e Soluções na Mobilidade Urbana e Transporte Coletivo”, com temas como subsídio e desafios da gratuidade do serviço, bilhetagem eletrônica e gestão do trânsito na fronteira e impactos no sistema de saúde. No início de julho, o prefeito Chico Brasileiro implantou a gratuidade do transporte coletivo para os estudantes de Foz do Iguaçu.
A iniciativa representa uma política pública necessária implantada pelo executivo para mais de 38 mil viagens mensais de estudantes, informa Fernando Maraninchi, diretor superintendente do Foztrans.
O subsídio municipal atende, ao mês, em média 400 mil passageiros com idade acima de 60 anos, aposentados por invalidez e pessoas com necessidades especiais e seus acompanhantes. O número representa 38% dos cerca de 1,1 milhão de usuários do serviço por período.
O Bloco 2 “Reinventando o Transporte Coletivo: Desafios e Avanços na era pós-pandemia” começa às 14h fazendo um panorama da situação e desafios do transporte coletivo com a reforma tributária, desoneração da folha e renovação da frota nacional.
Quanto mais passe livre, mais gente nos ônibus. Nunca tivemos tantos passageiros utilizando o serviço após a pandemia como agora.
Segundo Maraninchi, são “mais de 50 mil dia”, reduzindo o número de veículos nas ruas e avenidas da região central.
Futuro da mobilidade em Foz do Iguaçu
Os blocos 3 e 4, no segundo dia do Fórum, vão discutir a partir das 9h os rumo para um futuro sustentável da mobilidade. O debate “Desafios e Inovações para a Transição Energética do Transporte Coletivo” vai tratar da política nacional de transição energética e sustentabilidade, além dos veículos elétricos e híbridos com etanol, biometano e hidrogênio.
A tarde o foco é “Mobilidade Urbana em Evolução: Tendências e Soluções para um Trânsito Melhor” com painel de estudos de acidentes de trânsito e sustentabilidade e impactos do transporte individual nas cidades.
No último dia do Fórum, 15 de setembro, os participantes serão convidados a participar de uma programação voltada mais para lazer e conhecimento prático de tecnologias locais.
A agenda inclui a vista panorâmica da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e visitas ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e ao projeto Hidrogênio Verde. No período da tarde o grupo segue para as Cataratas do Iguaçu, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira com a Argentina.
Experiência de Foz
A inclusão do modelo de mobilidade urbana de Foz do Iguaçu no primeiro dia da programação da reunião do Fórum é o reconhecimento dos avanços implantados nos últimos anos e as particularidades da mobilidade do município em sintonia com os vizinhos de Puerto Iguazú e Ciudad del Este (Argentina e Paraguai).
Temos um exemplo de mobilidade urbana que tem muito a acrescentar ao Fórum Nacional
Sobre a questão fronteiriça, Maraninchi lembra que as turmas da UDC, sob a coordenação da direção institucional, fazem todo ano uma pesquisa nas pontes, revelando a quantidade de veículos que circulam nos três países. Outros exemplos de mobilidade urbana de Foz do Iguaçu incluem ainda a Lei das Calçadas, o mototáxi “que outras cidades não tem e agora está chegando a motouber”, adiantou.
A realidade local inclui ainda patinetes elétricos, que muitas pessoas compram no comércio do Paraguai, mas utilizam nas ruas do lado brasileiro e é preciso adaptar as legislações.
Vamos falar da licitação dos ônibus, que agora não é uma concessão, mas uma prestação de serviços pagando por quilômetro rodado, em que a bilhetagem é do município, poucas cidades tem isto, é um avanço.