Continuamos com a saga do Estarfi. Começou a tramitar em regime de urgência, na Câmara de Foz do Iguaçu, um projeto pra lá de polêmico, o Decreto Legislativo n° 9/2023, que busca dar um freio nos reajustes, considerados exagerados, do Estacionamento Rotativo de Foz do Iguaçu – Estarfi. A proposta, liderada pelo presidente da Câmara, João Morales (União Brasil), teve como co-autores os vereadores Cabo Cassol (Podemos), Galhardo (Republicanos) e Marcio Rosa (PSD), e está agora no fast-track parlamentar.

Nessa segunda-feira, 12, em uma sessão extraordinária, o texto foi lido e encaminhado à Comissão Mista para análise e parecer. É nessa comissão que se decide se o projeto tem pé e cabeça e pode voltar ao plenário para ser votado. E o presidente Morales é otimista. Ele acredita que essa votação possa ocorrer em até uma semana.

Desde o dia 1° de junho, por causa de um decreto do Executivo, a hora do estacionamento pulou de R$ 1,50 para R$ 3,00 e a regularização do aviso de infração foi de R$ 10,00 para R$ 20,00 (se pago via aplicativo) ou R$ 30,00 (se pago em dinheiro). Morales explicou: “A ideia de reverter essa situação partiu da presidência da Casa e tivemos apoio desses três vereadores rapidamente. Temos outros que também manifestaram apoio”.

No documento, Morales argumenta que o aumento de 100% nas tarifas e de até 200% na regularização são prejudiciais à população, que ainda está se recuperando da pandemia. “Os reajustes anteriores foram muito menores que o atual. Não estamos contestando a possibilidade de reajuste, mas ele deve ser feito de forma proporcional e razoável, sem exageros”, reitera.

Galhardo, por sua vez, apontou que esse projeto não é o primeiro que anula um decreto do prefeito. O legislador salientou que “faltou o amplo debate” na hora de decidir sobre o aumento do Estarfi.

Cabo Cassol também se posicionou contra o reajuste. “Entendemos que o decreto do prefeito, que aumenta o valor do Estarfi, vai contra a economia popular. Não estamos em um momento de taxar ainda mais nosso povo”, argumentou.

Marcio Rosa acrescentou que o aumento do Estarfi foi decidido sem consultar o Poder Legislativo nem os comerciantes da região central, sobretudo da Avenida Brasil. “Esse aumento está impactando as pessoas, que estão deixando de vir ao centro por causa dos preços exorbitantes”, pontuou. Ele enfatizou que a Câmara Municipal estará sempre em ação quando a sociedade não for consultada, defendendo o cidadão iguaçuense e o interesse público, em vez do Executivo