Anúncio Publicitário.

A coletiva de imprensa promovida nesta quinta-feira pela Itaipu Binacional, aconteceu no Hotel Golden Park, no centro de Foz. O objetivo da coletiva foi esclarecer dúvidas da comunidade iguaçuense e mostrar transparência por parte da Usina.

General Ferreira completou 6 meses de gestão no início de outubro, e comenta que a missão foi um grande desafio, que ele aceitou por dois motivos principais.

“Eu considerei como uma convocação, que eu precisava aceitar e precisava encarar, e segundo porque eu já acompanhava esse serviço que estava sendo feito pelo Joaquim Silva e Luna e que caberia a mim a missão de continuar exatamente de acordo com aquilo que tinha sido planejado”.

Comenta o general Ferreira.

Nesse planejamento, haviam vários projetos, como obras da Perimetral Leste, duplicação da BR-469, construção da segunda ponte Brasil-Paraguai, entre outros.

A atual gestão está motivada, apesar das dificuldades. General diz que está motivado e disposto a entregar todos os projetos que esperam da Itaipu Binacional.  Além da missão principal que é produzir energia elétrica. 

General Ferreira iniciando a coletiva de imprensa nesta manhã.

A crise hídrica e a ligação com a Itaipu Binacional

A crise hídrica está sendo sentida por todos os brasileiros, 2019 foi um ano ruim para chuvas, 2020 foi um pouco pior que 2019 e 2021 está sendo o pior dos últimos 70 anos ou até mais. A Itaipu não está atuando sozinha nesta crise, existem outras 54 usinas hidrelétricas e a maioria delas, também com reservatórios.

A Itaipu não tem definido o quanto vai produzir de energia neste momento, o Operador Nacional de Sistema é quem atua em relação com o ministério de energia, junto com o grupo que foi montado para a gerência da crise, que é quem define o quanto cada usina produzirá.

“Nesta etapa, o brasileiro sofre, visto que não podemos esgotar os reservatórios então está sendo demandado mais às usinas térmicas, seja a gás ou a óleo, e são usinas mais poluentes, e também mais caras. E nessa equação, a conta do brasileiro é aumentada.”

Comenta o General Ferreira.

O general explica, que, se fosse optado por usarem apenas as usinas hidrelétricas, se esgotariam os reservatórios de usinas e não teria condições de atender o Brasil como um todo.

As chuvas dos últimos dias foram um saldo positivo para a região, mas ainda assim não o suficiente.

Houve um aumento de água nos reservatórios, porque a chuva não foi só no Paraná, quando é só no Paraná, a tendência principal pela geografia da região, é que o Rio Iguaçu seja o rio que receba muita água, mas a água do Iguaçu não termina nos reservatórios da usina.

“As chuvas foram muito bem-vindas, e esperamos que elas continuem acima da média, para que possamos regularizar todo o sistema, precisamos de muito mais chuvas, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.”

Obras do Gramadão da Vila A e o tempo de Foz do Iguaçu

E falando em chuvas, as obras do Gramadão da Vila A está com o término previsto para o fim de novembro, mas, se continuar a chover na cidade, é possível que atrase um pouco.

“A chuva que nós ansiamos e queremos, em paralelo ela pode atrasar algumas obras, mas sabemos que se tiver algum atraso será muito pequeno. Então temos convicção absoluta que o Gramadão será entregue ou no final do mês de novembro ou um pouco mais que isso.”

afirma o general ferreira.

A crise ambiental e o papel da Itaipu Binacional

Em paralelo com a crise hídrica, também temos a crise ambiental. A questão ambiental, nasceu junto com a produção de energia elétrica da Itaipu, pois, naquele momento, imediatamente a vegetação que havia foi engolida pelas águas.

Já naquela época houve uma necessidade de recompor a vegetação, então a Itaipu começou a produzir mudas de árvores privilegiando a vegetação nativa da Mata Atlântica que desapareceu nessas regiões.

Ao longo desse tempo, somando as duas margens, mais de 44 milhões de árvores já foram plantadas, e do lado brasileiro, ainda neste ano, chagará a 24 milhões de árvores plantadas.

Mas a questão ambiental vai além disso, é algo muito maior e complexo, que envolvem bacias hidrográficas, que levam águas para o reservatório de usinas. E para tudo dar certo, é preciso que todos deem atenção, para garantir que o território não sofra erosões fora do controle e demais estragos.

Desapropriação das casas da Vila A

Este é um assunto que circula entre os iguaçuenses, de maneira positiva e negativa. Quando a Itaipu estava sendo construída foi criado três vilas para abrigar os trabalhadores. E, com o passar do tempo, as casas continuaram a ser utilizadas, mas muitas delas foram vendidas. Atualmente, quase mil casas pertencem à Itaipu Binacional.

E, visto essa situação, a Itaipu pretende se desfazer dessas casas. General Ferreira explica que compreendem que elas já cumpriram a sua finalidade (abrigar os trabalhadores), mas que hoje, isso não é mais necessário.

Mas, para a desapropriação das casas da Vila A, a Itaipu depende de várias questões, principalmente no que diz a legislação.

“Essas residências pertencem à Itaipu Binacional, elas são administradas pela empresa, e para se desfazer dessas residências, nós temos que primeiro estar autorizados pelas duas sócias da Itaipu, que são a Eletrobrás e a correspondente da Eletrobrás que é a Ande no Paraguai.

Explica o General.

Essas empresas são as que detém 100% do capital da Itaipu, metade cada uma. Então cada processo de imóvel, qualquer que seja, é necessário que haja aprovação das duas empresas e isso é um processo demorado.

Neste ano, a Itaipu fará um leilão de dezessete casas e isso gerou uma grande apreensão dos moradores das demais casas, General frisa que essas dezessete casas sendo leiloadas estão vazias, e inclusive estão fazendo o leilão de acordo com a lei.

Espaço Publicitário