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Há inúmeros eventos que mudam o curso da vida de uma pessoa. Cada escolha firma um novo caminho e é também uma renúncia. Às vezes, você faz essas escolhas e outras vezes são outras pessoas que fazem elas por você. A pessoa que me gerou escolheu me dar para adoção, e com 22 dias eu conheci minha mãe.
Hoje, eu sou quem sou principalmente por causa deste evento e é por isso que comemoramos 25 de maio como o Dia Nacional da Adoção.
Falar que eu nunca imaginei como seria minha vida sem adoção seria uma mentira, mas isso nunca criou em mim uma necessidade de conhecer minha progenitora. A verdade é que eu sempre soube que era adotada e isso não mudou minha relação com a minha família. Ainda que não fossem tão parecidas comigo fisicamente, as pessoas que compartilham o mesmo sobrenome que o meu me amam e eu amo cada uma. Não há diferença entre mim e meus primos, somos uma única família.
Mas nem todo mundo tem a mesma experiência que eu. Tem famílias que encontram resistência ao decidir pela adoção, tem famílias que escolhem não contar para o bebê sobre como ele foi gerado e tem famílias que se unem para não separar irmãos. A adoção é sempre uma história muito peculiar entre os pais e seus filhos.
Conversando com outra pessoa que foi adotada e que prefere não se identificar, ela contou que também sempre soube da sua origem. Ela, no entanto, sempre teve curiosidade sobre seus pais biológicos. “Eu queria ver alguém que tivesse as mesmas feições que eu. Quando minha mãe falecer, tenho vontade de procurar quem me gerou”, disse durante a conversa. Hoje ela tem um filho biológico, mas tem muita vontade de adotar uma criança.
Janaína da Cunha de Lima é fonoaudióloga e já realizou seu sonho de adotar. Ela é mãe de três filhos, uma por meio de adoção. Ela conta que já tinha dois filho, mas era um desejo dela e do marido, Evandro de Lima, ter mais um. Porém, após ter passado por gestações de risco, eles decidiram ser mais seguros para ela iniciar um processo de adoção na Vara da Infância.
Os três filhos de Jana e Evandro: Evandro, Benjamin e Luna
O maior desafio, segundo ela, foi a espera. O processo começou em 2015 e só conseguiram conhecer sua filha em 2021. Durante esse período, participaram de sessões onde ajudaram o casal a pensar em como contar para a criança sobre a adoção. Apesar da filha hoje ter apenas três anos, Jana e Evandro já contaram para a pequena Luna.
Sobre a adaptação, tanto os filhos quanto a família e amigos de Jana amaram Luna desde o primeiro dia.
Nossa espera foi longa, mas quando recebemos a chegada dela foi fantástico. Ela chegou no meio da pandemia, quando todo mundo estava tendo perdas e nós fomos iluminados pela chegada da Luna.
JANA
No meio do horário de trabalho, Jana recebe uma ligação do Juizado da Infância e a assistente social fala que a filha dela chegou. Todos já estavam ansiosos, inclusive o filho do meio sempre perguntava quando a irmãzinha ia chegar. Ela conta que, por estar no meio da pandemia, as reuniões eram feitas a distância e a primeira vez que viu uma foto da filha foi pela tela do computador.
Foi inexplicável. A gente a amou na hora que viu a foto. A gente ainda nem tinha encontrado com ela. Nós a conhecemos no dia 3/5/2021, na mesma semana do dia das mães.
Jana
Concluímos a conversa com Jana dando uma dica para casais que desejam adotar uma criança: “É uma escolha. A família que decidir adotar ore junto, que eles tenham uma confirmação de Deus que é o plano certo, porque a espera é longa. Nós nos preparamos orando, pois o que era lei dos homens nós fizemos tudo certinho.”
Fantástica essa experiência da Janaina e do Evandro.
Adotar é dar chance e se dar chance de se diferente e fazer a diferença, não dá para descrever o tamanho do coração de quem se doa dessa maneira.
Parabéns a essa família e parabéns a todos que se dedicam a educar e cuidar de uma criança.
A adoção é uma decisão muito especial tanto para os pais quanto para as crianças. Foi uma honra para mim contar a história da Janaína e do Evandro. Muito obrigada pelo comentário!
Fantástica essa experiência da Janaina e do Evandro.
Adotar é dar chance e se dar chance de se diferente e fazer a diferença, não dá para descrever o tamanho do coração de quem se doa dessa maneira.
Parabéns a essa família e parabéns a todos que se dedicam a educar e cuidar de uma criança.
A adoção é uma decisão muito especial tanto para os pais quanto para as crianças. Foi uma honra para mim contar a história da Janaína e do Evandro. Muito obrigada pelo comentário!