Foz do Iguaçu ganhou destaque nos últimos anos em questões de direitos humanos e inclusão social, e um nome que ressoa fortemente nesse cenário é o de Ian Vargas, atualmente superintendente do Fozhabita.

Com 31 anos e uma vida dedicada ao estudo e defesa dos direitos humanos, Vargas traz uma abordagem multifacetada para a mesa. Sua formação inclui um mestrado em Sociedade, Cultura e Fronteiras com foco em direito à moradia, e uma especialização em Direito do Estado pela Universidade Estadual de Londrina.

Carreira e advocacia

Vargas começou sua carreira como advogado, focando sua prática na defesa de direitos indígenas, da população LGBTQ+, e em outras áreas sensíveis. Ele muitas vezes atuou como advogado voluntário, reconhecendo a importância de abordar violações de direitos que são, por vezes, institucionalizadas.

Em sua visão, os direitos não devem apenas existir formalmente; eles precisam ser concretizados e aplicados na realidade prática.

Durante seu tempo na advocacia, Vargas esteve envolvido em ações significativas, incluindo o restabelecimento da lei municipal de combate à LGBTfobia em Foz do Iguaçu.

Transição para a Gestão Pública

A transição para a Secretaria Municipal de Direitos Humanos veio como um convite, reconhecendo o trabalho realizado por Vargas na advocacia. A oportunidade foi aceita como um novo desafio, permitindo-lhe contribuir diretamente na construção de políticas públicas.

Nesses dois meses na Secretaria, Vargas já participou de várias iniciativas, incluindo uma audiência pública que debateu as demandas da população LGBTQ+ em Foz do Iguaçu. Um decreto municipal sobre o uso do nome social também foi lançado, representando um avanço importante para aqueles que não se identificam com o seu registro civil.

Enfoque na comunidade

Um marco recente foi o primeiro encontro dos Migrantes, Refugiados e Apátridas na cidade, uma iniciativa essencial para levantar informações e demandas dos cerca de 20 mil migrantes e 4.000 refugiados presentes na cidade.

Vargas conta detalhes sobre seu trabalho com refugiados na cidade de Foz do Iguaçu na entrevista, afirmando ter bastante orgulho do seu papel e da Secretaria no evento.

Ele explicou: “[o evento] foi essencial para a gente levantar muitas informações sobre muitas demandas dos Migrantes, seja no ponto de vista de serviços públicos acessos serviços públicos seja no ponto de vista da empregabilidade deles o acesso ao empregos a deficiência de necessidade de habitação de um melhor preparo para garantir de direitos aos migrantes.” 

Ian Vargas enfatizou que o encontro foi muito enriquecedor para a construção de um plano municipal, delineando um calendário oficial na cidade de ações voltadas à defesa dos imigrantes. Ele vê essas políticas como um avanço importante nos últimos tempos, mostrando um comprometimento firme com o bem-estar dos migrantes e refugiados na região.

Vargas vê a necessidade de diálogo constante com diferentes atores da sociedade para combater violações aos direitos e construir uma cidade mais solidária.