A natureza é bela e o Parque das Aves sempre fez um bom trabalho em permitir a integração entre as pessoas e os animais. Agora, o parque promete uma experiência ainda melhor. Hoje (11), fomos convidados a descobrir todas as mudanças do novo Viveiro, mas a abertura para visitantes será a partir da sexta-feira, 12 de maio.

Inovações logo na entrada

Quem já visitou o Parque das Aves outras vezes pode perceber que as mudanças começam no caminho. Trilhas mais largas e menos escorregadias tornam o fluxo de turistas mais tranquilo. Além de tornar a caminhada mais acessível aos visitantes, é uma melhoria que facilita o trabalho dos guias turísticos e até dos funcionários do parque.

A reforma foi construída pelo próprio time do Parque das Aves e gerenciada por Seu Cícero, um membro experiente do parque. Embora alguns elementos tenham sido encomendados, a maior parte foi produzida aqui mesmo, para garantir que as necessidades do parque e das aves fossem realmente atendidas.

Na entrada do viveiro, uma nova tecnologia: portões eletrônicos. Quando se trata de animais, todo cuidado é pouco. Afinal, bichos são criaturas imprevisíveis. O novo portão, mais largo que o antigo, proporciona mais segurança para as aves. Uma porta só abre quando a outra está fechada, então se alguma voar para “fora” do viveiro, é mais fácil devolvê-la ao habitat.

Como é o Viveiro?

Podemos ouvir as aves de fora, mas dentro é um show a parte. São dezoito espécies de rio e manguezais vivendo em plena harmonia. Cada ave tem uma característica e comportamento, mas muitas coabitam espaços naturais.

O Viveiro Aves de Rios e Manguezais é um dos primeiros viveiros de imersão construídos no Parque das Aves. Então, a reinauguração é um grande motivo de orgulho para o time.

Estamos muito felizes com essa reinauguração, pois esse viveiro é muito especial para nós. Inclusive, o fundador do Parque das Aves, Sr. Dennis Croukamp, adorava passar os dias aqui observando as aves e a tranquilidade que esse lugar traz. A reforma trouxe muitas mudanças para o viveiro, ressaltando ainda mais a paz e a beleza deste ambiente que é único.

Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves

São mais de 700 metros quadrados de tamanho e a passarela que cruza o viveiro da porta de entrada à porta de saída, ficou com 78 metros de extensão e 2,2 metros de largura. Ou seja, bastante espaço para fazer fotos!

E um detalhe importante: a passarela era feita toda de madeira e agora é de concreto, com corrimãos de metal e madeira. Além disso, ela ficou mais longa e com uma inclinação menos íngreme, possibilitando maior acessibilidade para cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade.

“Quando o Viveiro Aves de Rios e Manguezais foi construído, em 1994, ele era chamado de Pantanal. Foram usadas vigas e pilares reutilizados de outro empreendimento, comprados pela Dra. Anna e o Sr. Dennis para dar início ao sonho de criar o Parque das Aves”, comenta Paloma. “E com o trabalho da equipe interna de Infraestrutura, o viveiro foi criando forma, a passarela de madeira foi construída, as aves chegaram e os visitantes foram se encantando.”

E as aves?

Nós podemos afirmar, por experiência, que a renovação foi boa para os humanos. Mas e para os animais? Claro que não podemos entrevistá-las, mas o bem-estar das aves é uma prioridade. Tudo foi planejado para que cada espécie ficasse bem acomodada. Um exemplo disso são os guarás.

O guará é uma espécie que chama bastante atenção pela sua coloração vermelha. Um comportamento comum dessa ave é ficar em bando, empoleiradas em árvores altas. Levaram isso e todas as particularidades de cada espécie em conta ao projetarem o ambiente.

“Entre as mais de 70 aves do Viveiro Aves de Rios e Manguezais, de 18 espécies, o destaque fica com os cerca de 40 guarás, que com sua cor vermelha vibrante chamam a atenção dos visitantes. Além disso, vivem ali papagaios-de-cara-roxa, típicos do litoral do Paraná, um cabeça-seca, resgatado e que passou por uma cirurgia no Parque, além do maguari, garças, arapapás e outros”, reforça Paloma.

O viveiro também conta com três espécies de gralha (gralha-azul, gralha-picaça e gralha-cancã), marrecos e irerês, quero-queros, seriema e tachã.

A maior parte das aves que estão no parque são animais de resgate ou vitimados, que sofreram alguma situação de maus tratos. Uma história emblemática do viveiro é o cabeça-seca. Ele chegou ao parque durante a pandemia, trazido por moradores após levar um tiro. Cabeça-seca migra de tempos em tempos, mas depois de não conseguir se recuperar a tempo para a migração, tornou-se morador oficial do Parque.

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