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Completando quase uma semana com o comércio fechado, vários comerciantes de Foz do Iguaçu se reuniram hoje pela manhã (5), em frente a sede da prefeitura municipal de Foz para protestar pacificamente contra o fechamento do comércio considerado “não essencial” pelo município e governo do estado.

Munidos de faixas com frases como “lockdown não” e “queremos trabalhar” os comerciantes protestaram contra o fechamento do comércio e reclamaram da situação econômica e crise sanitária que a cidade vive.

Valdecir de Almeida, empresário, destacou que: “Vivemos um momento que vai deixar marca na história do mundo, e esses que não estão buscando a solução vão ficar na história. Esses que estão impedindo o trabalhador de abrir a sua loja, trabalhadores que estão sendo presos, como bandidos, isso vai ficar na história desse Brasil. Os políticos são funcionários do povo, é dos trabalhadores que sai o salário deles”.

Manifestação Comércio Foz

Ele cita que o Deputado Soldado Fruet protocolou um pedido para que o prefeito pessoalmente apareça e dê atenção aos comerciantes. Na manifestação de quarta (3), Fruet ja havia destacado que “não é o momento de fecharmos portas e corrermos o risco de mais uma leva de desemprego e crise. As fronteiras estão abertas, está havendo trânsito permanente de pessoas entrando e saindo do Paraguai; os grandes supermercados estão abertos com centenas de pessoas lá dentro; pontos turísticos estão funcionando com restrições, mas com circulação de pessoas. O que então impede que pequenos comércios reabram com limitações de público?”.

Por fim, o empresário Valdecir completa que “queremos abrir nossos comércios, com sabedoria, seguindo todas as regras exigidas, e ser parceiro do município. O que nós queremos é poder trabalhar, queremos abrir nossas portas”.

O vereador municipal, Cabo Cassol, também estava na manifestação e deu sua opinião sobre o fechamento do comércio. “Eu entendo que a cidade se encontra numa situação bem difícil, mas acredito que não podemos deixar a economia também entrar em colapso e não consigo entender como o comércio de bairro, que entra máximo 20 pessoas por dia, não pode abrir porque não é essencial, mas um comércio que é essencial recebe 600, 700 pessoas por dia e se mantem aberto. Aí eu vejo uma incoerência. Então acredito que temos que buscar o diálogo, o executivo rever esse decreto, limitando o número de pessoas no comércio, estendendo horário de atendimento, acho que há uma saída. Porque o lockdown já se mostrou que não funciona. Ela atrai outro problema, que é a economia.  E nós como gestores públicos devemos fazer a nossa parte e incentivar que as pessoas frequentem os locais que estão seguindo os protocolos de segurança sanitária. E fazer com que cada cidadão se torne um fiscal. Acredito que dessa maneira vamos conseguir amenizar um pouco essa situação”.

Cabo Cassol vereador Foz
Vereador Cabo Cassol

Ao final, os comerciantes seguiram a pé subindo a Av. JK e descendo na Av. Brasil gritando em coro “queremos trabalhar” e o “Chico mentiu”.  

Fotos e vídeos: Annie Grellmann/100fronteiras

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