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Falar sobre a exuberância das Cataratas do Iguaçu nunca é redundante. Mas, neste momento, o encanto se alia à surpresa: as Cataratas atingiram um volume de água de 9 milhões de litros por segundo.
Isso representa um aumento de seis vezes sobre a vazão média, que é de 1,5 milhão de litros por segundo, segundo dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Este pico aconteceu às 11h da última quinta-feira, dia 13.
Essa não é a maior marca registrada. Em 2014, o recorde foi estabelecido com um impressionante fluxo de 47 milhões de litros por segundo. O fenômeno, entretanto, não é inédito. Em outubro de 2022, as Cataratas também surpreenderam com um volume de 16 milhões de litros por segundo, o segundo maior registro nos últimos 25 anos.
Mas o que causa essas variações tão expressivas no volume de água das Cataratas do Iguaçu? A resposta está nas chuvas que ocorrem ao longo do leito do Rio Iguaçu, que nasce na região de Curitiba. Quando as precipitações são intensas, elas provocam uma grande corrida de águas que, ao chegar às Cataratas, resulta em um espetáculo natural de proporções grandiosas.
Apesar de impressionante, o aumento do volume de água não alterou a rotina do parque no lado brasileiro. Localizado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, os passeios estão mantidos, com horário de atendimento ampliado, das 8h às 16h, até o dia 23 de julho, por conta das férias de julho.
Na margem argentina, porém, a situação é diferente. A passarela que dá acesso à Garganta do Diabo, em Puerto Iguazú, está fechada por precaução. Segundo protocolos de segurança, as grades das passarelas e do mirante devem ser retiradas quando o Rio Iguaçu enche repentinamente. Ainda não há previsão para a reabertura deste ponto turístico, mas os passeios “superior” e “inferior” seguem em operação.
Créditos: Nilmar Fernando #FotoEquipeCataratas
A formação das Cataratas do Iguaçu é um capítulo à parte. Lembrando uma “ferradura”, as quedas se estendem por 2,7 quilômetros, com 800 metros localizados no Brasil e 1,9 quilômetro na Argentina. Assim, 70% das quedas pertencem ao lado argentino e 30% ao lado brasileiro, divisão estabelecida pela Capitania Fluvial.