O empreendedorismo feminino cresce a cada dia. Cada vez mais, as mulheres estão se desafiando a sair de suas zonas de conforto para seguir seus sonhos. A convidada do 4º episódio da websérie Olhares 100fronteiras by Lilian Grellmann é Sandrina Adames, natural da República Dominicana que escolheu a Tríplice Fronteira para continuar seus estudos e empreender.
O episódio acontece no Afro Hair S.A, o Salão de Beleza de Sandrina, onde ela começa a contar sua trajetória para Lilian. “Sou da República Dominicana, estava cursando direito na minha terra natal quando apareceu a oportunidade de estudar na UNILA, em Foz do Iguaçu, isto antes da pandemia” explica.
UNILA
É a Universidade Federal da Integração Latino-Americana é uma instituição de ensino superior pública brasileira sediada em Foz do Iguaçu. A UNILA é um órgão de natureza jurídica autárquica, vinculada ao Ministério da Educação
Durante a pandemia, Sandrina iniciou um trabalho voltado às tranças afro, elemento de grande representatividade cultural. Seu talento atraiu a atenção, levando as pessoas a questionarem quem as havia feito. A partir daí, ela começou a monetizar sua habilidade com tranças e decidiu investir em seu próprio negócio, criando o Afro Hair S.A.
“A fase inicial foi desafiadora. Eu não falava português e tive que aprender aqui. O processo de adaptação à cultura e à culinária local não foi fácil. Tudo era novo e estar sozinha era um desafio, mas com fé e resiliência, estou aqui. Nada foi planejado, mas quando a oportunidade surgiu, eu a agarrei e hoje estou feliz em compartilhar um aspecto da minha cultura com os brasileiros”, diz Adames, com orgulho.
A motivação para abrir o salão também surgiu de uma necessidade pessoal, já que Sandrina não encontrava locais adequados para tratar seu cabelo.
“A maioria dos salões locais são focados em cabelos lisos. Muitas clientes também mencionaram a dificuldade em encontrar lugares para cuidar dos próprios cabelos. Isso tornou a aceitação do salão na Tríplice Fronteira mais fácil. As pessoas se sentem acolhidas aqui, sabendo que tem alguém que entende seus cabelos. O salão até já recebeu um prêmio de atendimento e qualidade.”
Ao longo do episódio, Sandrina oferece a Lilian uma amostra da cultura afro, fazendo uma trança em seu cabelo, que ficou belíssima. Durante o procedimento, Sandrina compartilhou algumas curiosidades sobre as tranças na República Dominicana.
Ainda no episódio, Lilian também surpreende Sandrina, levando-a para conhecer um dos seus locais favoritos na região, o Marco das 3 Fronteiras. Lá, ambas desfrutam de uma água de coco refrescante e assistem ao pôr do sol mais bonito da região. O momento revela a beleza ímpar do local e a ligação entre a história de Sandrina e o ambiente acolhedor da Tríplice Fronteira.
Veja o episódio completo no canal do YouTube!
Como é o país República Dominicana?
A República Dominicana tem uma personalidade única. Ela compartilha a localização geográfica com o Haiti e é banhada pelas águas cristalinas do Mar do Carine e do Oceano Atlântico. Na Repúplica Dominicana fica uma das praias mais famosas do mundo, a de Punta Cana e Bavaro.
Além de praias, o país também conta com altas montanhas, florestas tropicais úmidas, savanas e até desertos. A cultura um ponto forte, principalmente na música e dança, a República é o berço do merengue e da bachata, dois estilos musicais que conquistaram o mundo.
Olhares 100fronteiras by Lilian Grellmann
Em abril de 2022, Lilian Grellmann, jornalista e CEO do 100fronteiras, foi selecionada para o programa “Acelerando a Transformação Digital”, Lilian foi uma das 80 selecionadas entre os 10 mil inscritos que participaram de pelo menos uma das três edições dos cursos de jornalismo local ministrados pela Abraji.
Durante três meses, Lilian e a equipe receberam mentoria ministradas por Fred Bottrel, chefe de reportagens especiais na Globo, ele repassou toda sua expertise a equipe do 100fronteiras e auxiliou em todo o processo de desenvolvimento do projeto Olhares 100fronteiras.
O programa Acelerando a Transformação Digital é uma iniciativa da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), do Meta Journalism Project e do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) – além disso, conta com o apoio da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação de Jornalismo Digital (AJOR).