Os juros brasileiros são sempre apontados como os maiores do mundo e apesar de toda a retórica política, a culpa dos juros altos no Brasil é dos nossos próprios governantes. Além de histórico de altas taxas de inflação e instabilidade econômica do país.
Ou seja, eles são um dos principais fatores que afetam as taxas de juros. Hoje, o Banco Central tem apenas o dever de segurar a inflação, e a inflação brasileira (IPCA) está acima da meta de 3,25%.

Em termos simplificados, o aumento nos gastos do governo e da população, pode levar a alta na inflação. Para combater esse efeito, o Banco Central aumenta as taxas de juros para desestimular o consumo e, consequentemente, reduzir a inflação.
E o que os estudiosos citam é que com a alta dos juros desde julho de 2021, o Banco Central vem conseguindo trazer a inflação de volta para a meta.

A população vem gastando menos, logo o PIB diminui, mas os gastos do governo só aumentam, o BC não tem escolha, precisa subir juros para segurar a inflação.
Hoje em dia, o Brasil possui dívida pública elevada e crônica, o que aumenta a percepção de risco dos investidores e faz com que eles exijam juros mais altos para emprestar dinheiro ao governo e a empresas brasileiras.
A falta de confiança na economia brasileira também contribui para os juros elevados, pois os investidores exigem um prêmio de risco para investir no país.
Entenda como é taxa de juros na Argentina e Paraguai
Então quanto mais inflação, significa mais crescimento? Se isso fosse verídico, a Argentina, por exemplo, seria um dos países que mais crescem no mundo.
Só para terem noção, segundo um destaque feito pelo Money Times, a Argentina lança nota de 2.000 pesos em meio à inflação de quase 100%. Mas isso são assuntos que vêm depois.

Agora, temos que entender que mais inflação, não é mais crescimento. A inflação tira a capacidade dos investidores de se planejar, eles investem menos e a economia cresce menos.
Por exemplo: os países que mais crescem no mundo (China, Índia, EUA) têm inflação sob controle.
E se der repente o nosso Banco central não sobe os juros para assegurar a inflação, o real perde força e vai impactar no dólar, e nesse ponto as pessoas migram para moeda mais forte.
E foi algo que ocorreu no Brasil quando a Dilma baixou os juros “na marra” Tombini no Banco Central. Uma situação semelhante aconteceu na Argentina recentemente.
A taxa de juros na Argentina
O Banco Central da Argentina confirmou, no último mês de fevereiro de 2023, a manutenção dos juros nos níveis atuais, apesar da aceleração da inflação em janeiro. A decisão deixa a taxa nominal da chamada Letra de Liquidez (Leliq) de 28 dias em 75% ao ano.
Embora alguns analistas possam argumentar que as ações são imunes à inflação, pois elas conseguem elevar os preços e resultados em um ambiente de preços elevados.
A realidade é que com a inflação alta e a economia em recessão na Argentina, as empresas inevitavelmente experimentam impactos negativos nos resultados e cotações.
Portanto, investir em dólares nos Estados Unidos pode ser uma das formas mais eficazes de proteger o seu capital, dado que a inflação nesse país é baixa.
Vale ressaltar que o índice Merval, que conta com apenas 23 empresas, enquanto o IBOV tem 86, tem uma alta concentração em commodities e bancos, assim como o IBOV, onde 30% das empresas pertencem a cada um desses setores.
Aqui, é perceptível que as exportadoras e os bancos parecem ser setores mais resilientes a juros altos e a crises econômicas.
A taxa de juros no Paraguai
Os dados de Taxas de Juros do Paraguai foram registrados em 8.50% pa em fevereiro de 2023.
Ele é constante com relação aos números anteriores de 8.50% pa de janeiro. Os dados de Taxas de Juros do Paraguai são atualizados por mês, com uma média de 5.50 % pa desde 2010 até 2023, com 152 observações.
Em resumo: os dados alcançaram um alto recorde de 8.50 % pa em e um baixo recorde de 0.60 % pa em 2010, por exemplo.
Os dados referentes às Taxas de Juros do Paraguai mantém seu status ativo na CEIC e são relatados pelo Central Bank of Paraguay. Eles são classificados dentro da tabela PY.M001: Monetary Policy: Target Rate do Global Database do Paraguai.
Por fim, é notório que, por mais que o Brasil tenha uma das maiores taxas de juros do mundo, tratando-se da Argentina, ela é a mais alta em relação aos dois países comparados.
E falando do Brasil, outro fator que influencia as taxas de juros no país, é a taxa básica, mais conhecida como Selic. O Banco Central do Brasil ajusta a Selic para controlar a inflação e estimular ou desestimular a economia. Quando a Selic está alta, os juros cobrados pelos bancos também são altos, o que pode desencorajar o consumo e o investimento.