O preço da gasolina iniciou o ano de 2023 em queda nos postos de combustíveis do Paraná. É o que mostra um levantamento de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde indica que o litro do combustível ficou cinco centavos mais barato na primeira semana de janeiro em comparação com a última semana de 2022. 

Mas em relação ao preço do etanol hidratado e do óleo diesel tiveram alta no estado. De acordo com a pesquisa, o litro da gasolina comum custava R$ 5,15 no Paraná na última semana de dezembro de 2022 (entre os dias 25 e 31 de dezembro). 

E entre o dia 1º e 7 de janeiro de 2023, o valor caiu para R$ 5,10, com redução de 0,97% em relação ao período anterior. Ou seja, essa é a segunda maior redução em todo o país no preço da gasolina, atrás apenas do Distrito Federal, que teve queda de 1,32% no preço do combustível, no qual o litro passou de R$ 5,32 para R$ 5,25.

Vale destacar aqui que no Brasil, o valor médio da gasolina comum teve alta de 3,23%, subindo de R$ 4,96 para R$ 5,12. A gasolina mais cara do país é a do Ceará (R$ 5,55) e a mais barata, a do Amapá (R$ 4,57), conforme a ANP. 

O Paraná, por sua vez, fica em 12º lugar entre as 27 unidades federativas. Uma semana antes, tinha a 5ª gasolina mais cara do Brasil.

Impacto no dia a dia para os motoristas de aplicativos 

Em uma entrevista cedida ao Seu Dinheiro, um motorista de aplicativo que pediu para não ser identificado relatou a bordo de um Renault Kwid, que vai à Argentina encher o carro a cada dois dias.

Em uma outra entrevista que foi confirmada por outros moradores de Foz, afirmaram que é comum esperar mais de duas horas para abastecer em um posto do outro lado da fronteira, isso sem contar com o tempo que passa na fila da imigração, além de que nem todo mundo terá o mesmo atendimento.

A busca por combustível reúne os moradores locais e os habitantes de Foz do Iguaçu, o lado brasileiro da tríplice fronteira. Diariamente, as filas se repetem nos quatro postos de Puerto Iguazu, em um espelho fiel da situação econômica dos dois países.

Mesmo que os motoristas brasileiros sejam bem-vindos segundo os argentinos.  Os estrangeiros vão ter que pagar um valor maior que o normal para usar as bombas na cidade.

Além disso, existem outros meios que limitam o acesso à gasolina local, como: alguns postos que possuem horários específicos para atender e, outros que limitam a quantidade de combustível vendida aos brasileiros. 

A Argentina passa por uma situação desalinhada, a população tenta gastar dinheiro o quanto antes, de modo a evitar um atrito maior do poder de compra.

E, por mais que os preços nas bombas brasileiras tenham recuado nos últimos meses, o fato é que os postos da Argentina ainda têm preços bem atraentes para os moradores da tríplice fronteira, por conta da forte desvalorização da moeda local.

Mas vale a pena enfrentar tantos obstáculos para abastecer o carro? A economia é grande o suficiente para compensar o tempo e o desgaste envolvidos no processo?

“Para mim não vale a pena me deslocar até à Argentina, irei ter um tempo gasto para ir e voltar, esperar na fila da imigração, muita burocracia, isso tudo faz com que a economia não seja tão vantajosa assim”, relata o advogado residente de Foz do Iguaçu, João Felipe Casco Miranda. 

Os preços em Foz do Iguaçu

Hoje, os valores nos postos de Foz do Iguaçu estão variando muito, ficam em torno de R$ 5,09 à R$ 6,99 para a gasolina, confira mais detalhes no site Menor Preço da Nota Paraná.

Informações: Seu Dinheiro

Comentários

Deixe a sua opinião