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Ele não tem cara, mas envolve pessoas empenhadas em ajudar a compreender este que é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento de pessoas. O TEA (Transtorno do Espectro Autista), ou simplesmente autismo, não tem origem definida, porém grande parte dos casos se dá por predisposição genética, podendo ser hereditária, além de fatores ambientais. Apesar de não ter cara, muitos são os sinais que identificam esse transtorno, principalmente no que diz respeito à linguagem, comportamento e socialização Não há só um, e sim muitos subtipos de TEA, ou seja, é como um quebra-cabeça que denota a sua diversidade e complexidade.

 

De acordo com uma matéria publicada pela revista Superinteressante no final de 2019, a ONU estima que atualmente 1% da população mundial é autista, sendo que há apenas uma mulher para cada três homens. Não existem dados oficiais no Brasil, entretanto é estimado que dois milhões de pessoas tenham o transtorno. O TEA é identificado na infância, no entanto em casos não tratados adequadamente ele se estende de forma grave à fase adulta, por isso quanto antes se iniciarem os tratamentos menores serão os impactos no desenvolvimento da pessoa com TEA.

 

De acordo com um trabalho científico de 2019, publicado na JAMA Psychiatry e aplicado na Dinamarca, Finlândia, Israel, Suécia e Austrália, com dois milhões de crianças nascidas entre 1998 e 2012, fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas do autismo, sendo 81% hereditários – e ligados a mais de 900 genes –, além de fatores ambientais (1% a 3%) ainda controversos que também possam estar associados, como a idade paterna avançada ou o uso de ácido valproico na gravidez.

 

Andressa e Andriane estão à frente da clínica Somare.

Pensando nisso e levando em conta sua experiência na área do TEA, a fonoaudióloga Andressa Schmiedel Santos e seus sócios Andriane Schmiedel Fucks, Elielton Fucks e Thiago Maycon Sanches Santos decidiram fundar em Foz do Iguaçu a Somare, que é uma clínica especializada no tratamento do autismo para crianças e adolescentes.

“Eu trabalhava em uma clínica especializada em autismo em Curitiba. Quando me mudei para Foz do Iguaçu, dei continuidade aos atendimentos fonoaudiológicos de crianças autistas que precisavam de atendimento especializado. Contudo a demanda foi aumentando a ponto de pensarmos em oferecer um serviço diferenciado, estruturado com demais terapeutas. Esse projeto foi estruturado durante dois anos, para que então em 2017 iniciássemos a clínica/escola terapêutica interdisciplinar que agrega todas as áreas que o autista necessita de intervenção para seu desenvolvimento. E o nosso diferencial é que nossos profissionais trabalham com a análise do comportamento aplicada (ABA) e estão em constante atualização, já que essa é a ciência com maior respaldo científico para a intervenção com TEA e outros transtornos”, explica Andressa.

Junto a ela está Andriane, que é pedagoga, e informa que o tratamento da criança com TEA envolve um processo abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem, possibilitando não exclusivamente desenvolvimento cognitivo, mas também seu desenvolvimento motor, socialização, autonomia e linguagem.

A clínica está em Foz há dois anos e meio e iniciou os atendimentos com seis crianças. Hoje já são mais de 60 pacientes matriculados no Atendimento Multiprofissional Integrado (Amis), que tem funcionamento de segunda a sexta, nos períodos matutino e vespertino. Esse crescimento se deu, segundo os sócios, pela qualidade na abordagem terapêutica, estrutura e resultados.

A estrutura da Somare conta com mais de 25 salas de intervenção e espaços com salas funcionais para treino de atividade de vida diária. O quadro de colaboradores é de 30 profissionais das seguintes áreas: fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, terapia com animais, terapia alimentar, terapia ocupacional e integração sensorial.

 

Como trabalhar o autismo

Andressa e a Andriane possuem formação para aplicar uma escala internacional de diagnóstico para o autismo, a chamada Avaliação Diagnóstico Autismo (ADOS 2 e ADI-R), desde setembro de 2019.

A escala de observação para o diagnóstico do autismo ADOS 2 é uma avaliação padronizada e semiestruturada da comunicação, interação social, do brincar, do uso imaginativo dos materiais e dos comportamentos restritivos e repetitivos de crianças, jovens e adultos quando se suspeita do diagnóstico do TEA.

ADI-R é uma entrevista completa e necessária para diagnóstico do autismo, junto ao ADOS 2. Nessa entrevista é possível registrar e codificar as respostas, obtendo resultados formais para interpretação da história do desenvolvimento do indivíduo.

Equipe da Somare

Nível 1 – Leve e com necessidade de pouco apoio. As principais dificuldades são na comunicação social e na pouca interação com as pessoas. Também são crianças que possuem hiperfoco em uma atividade e ficam relutantes ao mudar de atividade, sendo consideradas metódicas.

Nível 2 – Moderado e com necessidade de apoio. A pessoa apresenta dificuldade na interação social e possui comportamentos repetitivos e restritos, não gostando de mudar a rotina e estressando com facilidade.

Nível 3 – Severo e com necessidade de apoio muito substancial. Nesse caso é preciso trabalhar todas as áreas, desde a comunicação social que está totalmente prejudicada até a questão dos comportamentos repetitivos e restritos. A agressividade também é uma das características.

Logo após a avaliação, é estabelecido o planejamento individualizado com os programas que serão aplicados. Preocupada ainda com a evolução dessas crianças, a clínica dispõe de um gráfico de desempenho de cada paciente, o qual a cada seis meses é estruturado para identificar a melhora nos eixos de desenvolvimento. “Trabalhamos com dados concretos, não com achismo. Nosso trabalho é para que eles respondam a todas as áreas, por isso trabalhamos com tantos profissionais e nos reunimos no final de cada turno, manhã e tarde, para discutir sobre cada paciente”, destaca Andriane.

O paciente fica três horas e meia no espaço terapêutico realizando as atividades. “Cada criança possui um tratamento individual, por isso cada profissional atende apenas uma criança por vez, isso porque o autismo exige esse atendimento personalizado e intensivo. Contudo a frequência semanal de terapias é definida pelo médico neuropediatra ou psiquiatra infantil”, explana Andressa.

Apesar de não ter cura, já houve casos de pacientes que passaram pela Somare e ganharam alta, além de ter crianças que subiram de nível por conta do tratamento. No entanto, existem casos mais severos, aos quais o tratamento pode estender-se por anos, na conformidade de tratamento intensivo por vários profissionais. “O tratamento precoce tem transformado realidades, e diante de qualquer sinal ou suspeita diagnosticada procure profissionais habilitados para avaliação e tratamento”, alerta Andriane.

Colocar uma ilustração com os sinais precoces do autismo.

Preconceito e inclusão social

Ao mesmo tempo em que a Somare trabalha para incluir essas crianças na sociedade, torná-las independentes em suas funções e obter sucesso nas suas relações sociais, elas também precisam lidar com o preconceito que ainda existe. “A criança com TEA pode apresentar comportamentos que geram olhares preconceituosos. Por mais que hoje o autismo esteja muito mais difundido, ainda a falta de conhecimento resulta em julgamentos, e o nosso trabalho é mostrar para a sociedade a importância de praticar o respeito às diferenças”, ressalta Andressa.

Os empresários Elielton, Andriane, Andressa e Thiago.

Por isso, a Somare oferece orientação especializada aos tutores que estão com os pacientes em ambiente escolar. Além de apoio psicológico aos pais, de forma gratuita e integrada ao plano terapêutico do Amis. “Trabalhamos com a tríade clínica, paciente, escola e pais, pois é a forma de mantermos o equilíbrio nos diversos ambientes e a generalização de aprendizados pela criança”, conta Andriane.

As profissionais salientam também que atualmente há campanhas de inclusão social em estabelecimentos comerciais e públicos que utilizam o símbolo do autismo – uma fita feita de peças de quebra-cabeça coloridas que demonstra sua diversidade e complexidade – para a acessibilidade. “A Somare contribui com a formação de estudantes de Pedagogia, Psicologia e Fonoaudiologia que realizam o estágio na instituição. Eu sou também docente universitária, e quanto instituição me orgulha de ver como esses aprendizes se aprimoram profissionalmente e o quanto nosso quadro de profissionais são referência em atendimento na área”, finaliza Andressa.

Este símbolo representa o mistério e a complexidade do autismo. Ele é um símbolo mundial da conscientização em relação a essa patologia, muito usado principalmente no Dia Mundial de Conscientização do Autismo – 2 de abril.

 

Looks masculinos: Bel Art Maison

Rua Rui Barbosa, 2.030 – Jardim Maracanã – Foz do Iguaçu/PR

Tel: (45) 3028-2965

Whats: (45) 99817-9089

Informações:

https://www.espacosomare.com.br/

Fotos: Aline Moraes

Cabelo e make: Atelier de Produção Claudia Soria – Maquiagens & Penteados

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