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O Paraguai sofre com perdas na agricultura, em especial nas safras de soja e arroz, assolando os produtores nacionais. Um dos fatores que pode explicar isso é a mudança climática; de acordo com o presidente da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai), Eno Michels, o plantio atrasado e a falta de chuvas no final do ano passado prejudicaram muito a prosperidade das lavouras. 

Safras de arroz no Paraguai

Na lavoura da bacia do Rio Tebicuary, uma das mais importantes no país, houve uma perda média de produtividade de cerca de 25%, fazendo que, com essa queda, a colheita de janeiro e fevereiro deste ano tenha sido muito mais baixa que a do mesmo período no ano passado -67.867 toneladas e 95.500 toneladas, respectivamente.

Luis Arréllaga, presidente da Federação dos Produtores de Arroz (Ferrapoz), explica que a temporada normal da safra deveria ter acabado em fevereiro mas se estendeu até março, causando baixos índices nos primeiros dois meses, resultando em uma queda de 30% na produção. E essa baixa se deve ao clima, que causou redução de área e perda da produtividade por falta de água para irrigar.

Safras de soja

As expectativas eram grandes para as safras de soja no Paraguai, com uma projeção de produzir 10 milhões de toneladas. Mas esse número caiu até chegar na reta final da colheita, com o número ficando na casa dos 8 milhões de toneladas, uma perda de 2 milhões. Com apenas 3% das lavouras de soja restando para serem contabilizadas, o cenário é desanimador para os produtores.

Como consequência, muitos do produtores paraguaios estão colhendo neste final da temporada para cumprir com os contratos apenas, sem muitas expectativas. Contudo existe algo favorável nessa crise para alguns; os preços abaixaram. Para Luis Arréllaga, isso pode acabar por compensar na queda da produção, mesmo com a queda de 30%, porém nem todos vão se sentir esse lado “positivo”.

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