A equipe da 100fronteiras esteve na semana passada no Parque Monjolo, que fica na área central de Foz do Iguaçu, para verificar como está o local. O espaço, que ao final dos anos 90 foi transformado em uma área de lazer para os moradores, prometia ser uma alternativa agradável aos visitantes, mas ao longo dos anos vêm sendo motivo de reclamação para quem vive no entorno.

Desde sua construção, diversas revitalizações foram feitas na área do parque. No final de 2012, a partir de uma demanda da comunidade, foi feito um investimento da Prefeitura com parceria da Itaipu para, além de fazer uma limpeza completa do parque, recuperar a nascente e construir a estrutura que vemos hoje no parque (com pergolados, calçamento, ponte e uma academia para a terceira idade).
Apesar dessas obras terem sido finalizadas por volta de 2015, logo em seguida, nos anos de 2017 e 2018 consta registros no diário da prefeitura de solicitações de revitalização no Parque. A indicação nº 1182/2017 aponta que
“Trata-se de reivindicação dos moradores do sobredito bairro, uma vez que o aludido parque encontra-se abandonado pelo poder público, com o mato muito alto, contribuindo para a ocorrência de assaltos.”

Ainda em 2018, em busca de impulsionar o turismo do local, diminuir a emissão de poluentes, promover o desenvolvimento urbano sustentável e melhorar a qualidade da água, foi lançado pela prefeitura o programa “Reinventando Foz”. Com o projeto estaria prevista a recuperação dos principais rios que atravessam a cidade, entre eles, o Rio Monjolo. A intenção é criar novas áreas de lazer para os moradores e visitantes, permitindo também, que o turista fique mais tempo na cidade.
Durante nossa visita ao Parque Monjolo, infelizmente, pudemos constatar que algumas das antigas reivindicações seguem sem solução. Vimos que o local está com as calçadas e bancos quebrados, iluminação precária, além disso os arcos do pergolado estão rachados e caindo.

Até mesmo algumas placas que recentemente foram colocadas em homenagem às vítimas de covid estão depredadas. A segurança também é um ponto que sempre retorna quando falam do parque, já pela manhã é possível observar pessoas consumindo drogas no parque.
Também, notamos uma estranha mancha branca na água do Monjolo, bem como lixo nela e nos entornos.

Todos estes fatores, afastam os possíveis frequentadores.
Então, entramos em contato com os órgãos responsáveis (Ouvidoria da Prefeitura, Sanepar, Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria do Planejamento) e buscamos saber como estão os projetos de revitalização para o Parque. Ainda não obtivemos respostas.