Saiba o motivo de ficar de olho 24 horas na imensa biodiversidade da região. É um método invasivo para os animais?

O uso de armadilhas fotográficas está sendo realizado para monitorar a biodiversidade da Reserva Biosfera da Itaipu. No momento atual, o trabalho de pesquisa está com destaque para a Reserva Natural de Pikyry.

Por que monitorar os animais?

A bióloga Silvia Saldivar conta que as câmeras instaladas em Pikyry são armadilhas fotográficas para monitorar os mamíferos terrestres de porte médio e grande durante todas as horas do dia.

É invasivo para os bichos?

A bióloga deixa claro que esse método não é invasivo para o animal. Na verdade, é até melhor por não ter a presença humana que pode inibir os bichos. 

“É mais fácil detectar as espécies e suas atividades no local. São uma boa ferramenta para conhecer a biodiversidade, padrões de comportamento e estimativas de populações”, enfatiza a bióloga. 

Silvia Saldivar

Como os locais são escolhidos?

Escolhidos aleatoriamente por um software de informações geográficas, os locais foram pensados na melhor opção para a equipe se localizar. 

O que são armadilhas fotográficas?

São aparelhos que tiram fotos automáticas de todo o ecossistema, mamíferos terrestres em específico. E, serve para conhecer os padrões de atividade das espécies dando uma estimativa de abundância e densidades populacionais em relação aos seus hábitats.

No caso de Pykyry, as câmeras serão deixadas nas árvores em uma altura aproximada de 40 centímetros na intenção de não perder um segundo da vida desses animais. 

O resultado do monitoramento é analisado sob as perspectivas da diversidade de espécies presentes na área protegida. Logo, também é uma forma de ver se a gestão da área protegida está sendo eficaz.