Governo Nacional anuncia o “dólar agro” para aumentar as exportações e fortalecer as reservas internacionais.

O governo nacional argentino anunciou a implementação do “dólar agro” ou “dólar soja 3”, um câmbio diferencial para o complexo soja e as exportações de bens das economias regionais que estará em vigor durante o mês de abril. Além disso, um esquema similar será habilitado para as economias regionais por três meses.

O objetivo dessa medida é simplificar os preços do comércio exterior e fortalecer as reservas internacionais em mais de 15 bilhões de dólares. O ministro da Economia, Sergio Massa, afirmou que é um programa de aumento das exportações que busca facilitar a capacidade e o cumprimento dos contratos dos exportadores argentinos.

Entretanto, a medida tem sido alvo de críticas e preocupações de diversos setores econômicos, especialmente dos produtores de economias regionais. Guillermo Fachinelo, empresário madeireiro e presidente da Confederação Econômica de Misiones, ressaltou que as economias regionais não são as mesmas que a soja que fica armazenada, e que produzir e montar cadeias produtivas requer mais tempo do que os 90 dias estipulados pelo governo para a aplicação do câmbio diferencial.

Além disso, Fachinelo mencionou a grande preocupação com a economia atual em Misiones e destacou a necessidade de soluções imediatas para as dificuldades enfrentadas pelos produtores. Ele ressaltou que há uma grande incerteza nacional e internacional, além de questões climáticas que castigam muito a região.

“Hoje, quando fazemos as liquidações de nossas exportações, temos um dólar a 200 pesos menos as retenções, é uma grande diferença, é 30% a mais se conseguirmos um dólar a 300 pesos, é um paliativo que hoje nos permitirá continuar trabalhando no comércio exterior, que é o que precisamos para gerar divisas e não paralisar nossas cadeias produtivas, que são bastante complicadas”, destacou.

Governo Nacional anuncia o "dólar agro" para aumentar as exportações e fortalecer as reservas internacionais

Os produtores regionais estão preocupados com os insumos que são todos em dólares e a quantidade de dólares disponíveis para trabalhar, mas reconhecem que o “dólar agro” pode ser um paliativo que permitirá continuar trabalhando no comércio exterior e gerar divisas para o país.

Apesar das críticas, o governo argentino está confiante na eficácia do “dólar agro” e espera que a medida impulsione as exportações do país e fortaleça suas reservas internacionais. A implementação da medida será acompanhada de perto por diversos setores econômicos do país.

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