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Itaipu avança na gestão ambiental com plano binacional e inovador
O primeiro plano binacional de gestão ambiental da empresa concilia legislações, demandas e objetivos de Brasil e Paraguai, ampliando a área de abrangência das ações da Itaipu e estabelecendo um novo marco para o setor
Faixa de proteção do reservatório. Foto: Caio Coronel/Itaipu Binacional.
Reconhecida mundialmente como símbolo da produção sustentável de energia hidrelétrica, a Itaipu Binacional deu um importante passo para fazer avançar ainda mais suas ações na área de meio ambiente com a aprovação do novo Plano Diretor de Gestão Ambiental (PDGA) pela Diretoria Executiva, no último dia 23, e pelo Conselho de Administração, no dia 26.
É o primeiro plano binacional de gestão ambiental da Itaipu, construído após 20 anos de tentativas de conciliar, em um único documento, demandas e objetivos de Brasil e Paraguai na área de influência da usina. O plano se estabelece como um novo marco ambiental internacional, projetando-se como benchmarking para o setor elétrico mundial e novos empreendimentos.
Plantio de mudas nativas na Vila A, em Foz do Iguaçu.
Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional.
Ele traz importantes novidades e inovações, como a criação das primeiras áreas aquáticas protegidas em reservatórios hidrelétricos no mundo e a expansão das ações ambientais da Itaipu para as regiões que mais contribuem para o assoreamento do lago, estendendo de 55 para 224 municípios a sua área de atuação na margem brasileira.
É o mais avançado estudo sobre gestão ambiental na Itaipu, herança de um trabalho que começou em 1973 e que já obteve diversas conquistas.
Viveiro florestal do Refúgio Biológico Bela Vista.
Foto: Caio Coronel/Itaipu Binacional.
Por exemplo, o total de microbacias hidrográficas já recuperadas ou em fase de recuperação pela Itaipu, no Brasil e no Paraguai, chega a quase 500.
A Itaipu desenvolve o maior programa de reflorestamento do mundo já feito por uma hidrelétrica. Desde 1979, promoveu o plantio de mais de 44 milhões de mudas nas margens brasileira e paraguaia. Se Itaipu não fosse vanguarda em restauração florestal, com investimentos desde o início do projeto em ações ambientais, seriam necessários 150 anos para a natureza, por si, fazer essa recuperação.
Governador Carlos Ratinho Massa Junior conhece o projeto de reprodução de harpias, no Refúgio Biológico Bela Vista. Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional.
A empresa mantém mais de 100 mil hectares de áreas protegidas no entorno do reservatório, que são reconhecidas pela Unesco como Reserva da Biosfera. Em 2017, a Fundação SOS Mata Atlântica publicou um estudo indicando que Itaipu é a principal responsável pela restauração de áreas florestais no Paraná com espécies nativas. Quase 30% do bioma foi recuperado pela empresa no Estado. Os 100 mil hectares de áreas preservadas são responsáveis pelo sequestro de 5,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono ao ano.
Reservatório da Itaipu, a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional.
A Itaipu mantém oito reservas e refúgios biológicos localizados no Brasil e no Paraguai, e protege e abriga 54 espécies da fauna selvagem ameaçadas de extinção, além de desenvolver estudos como, por exemplo, o mais bem-sucedido programa de reprodução de harpias em cativeiro do planeta. Onças-pintadas, antas e diversos outros animais já nasceram nos espaços da Itaipu e recebem os cuidados de biólogos e veterinários do quadro próprio da empresa.