A recente instabilidade econômica que aflige a Argentina tem gerado sérias repercussões no setor de combustíveis. Em Iguazú, tanto os postos da YPF quanto os da Shell, localizados no centro, estão fechados e sem combustível. Quem procura abastecer nos bairros se depara com longas filas, aguardando em vão.

Tudo piorou após a “segunda-feira negra”, uma resposta direta à turbulência econômica que se seguiu ao resultado das eleições primárias de domingo. A consequente desvalorização do peso argentino bagunçou completamente a estrutura de preços no país.

O setor de combustíveis não foi poupado. Há informações de que as principais petroleiras estão avaliando o reajuste do preço do combustível, visando compensar a depreciação cambial de 22% recentemente implementada pelo governo.

Enquanto alguns meios de comunicação nacionais projetam um aumento de aproximadamente 20%, a verdade é que este ajuste pode ser iminente nas bombas de combustível.

Para piorar a situação, o preço do combustível já havia sido aumentado em 4,5% no dia 1 de agosto, sob o programa “Preços Justos”. Esse foi o segundo aumento em apenas duas semanas.

Leia mais

Especialistas do setor alertam que a defasagem nos preços ao público já estava preocupante antes da desvalorização cambial de segunda-feira, alegando que a margem para manter os preços atuais é praticamente nula.

Relatos de moradores locais corroboram a situação alarmante. Um motorista argentino compartilhou sua frustração: “No posto Shell do centro, está sempre fechado para nós, argentinos. Somente para os paraguaios e brasileiros há combustível. E alguns postos têm uma oferta limitada, oferecendo apenas Infinia ou Vi Power.”