No dia 16 de março de 2020, a fronteira do Brasil com a Argentina foi fechada para evitar a contaminação do coronavírus. O fechamento da ponte pegou a população de surpresa e a cidade de Puerto Iguazú, dependente do turismo, se viu em uma situação difícil.
Em 2020, Arturo Molina, proprietário da Vinoteca Vinos & Co compartilhou em entrevista com a 100fronteiras a dificuldade com as fronteiras fechadas.
“Os primeiros meses da pandemia foram confusos. A grande questão era quando a normalidade voltaria. E o que você deve fazer e não fazer para evitar o contágio. Todos estavam ajustando a economia familiar com a queda da atividade e da renda”
O processo foi longo, com protestos para a reabertura que aconteceu somente no dia 1 de outubro de 2021, ainda com uma série de restrições.
Como isso afetou a fronteira
O fechamento da ponte foi um acontecimento que afetou muito a região da tríplice fronteira, tendo em vista que, a integração trinacional faz parte da nossa identidade e liberdade como povo.
‘’O lockdown foi um momento muito magoado para toda a humanidade’’, diz Malvina Solis, Diretora de Desenvolvimento Turístico Estratégico de Misiones e colunista na 100fronteiras.
Como alguém que acompanhou a Província de Misiones de perto, a Diretora do Desenvolvimento Turístico destaca como isso aparentou no turismo.
‘’Em Puerto Iguazú, a ausência de turistas foi forte, a cidade caiu numa depressão geral. Os profissionais em turismo tiveram que procurar formas alternativas de subsistência, enquanto as empresas viviam a pior crise da história nesse território. Muitas famílias escolheram mudar de cidade, procurando novas oportunidades’’, enfatiza Malvina.

O pós-pandemia
O retorno da abertura da ponte foi um acontecimento muito esperado pela região. A realidade pós-pandemia trouxe a Puerto Iguazú um movimento turístico muito intenso.
‘’Logo depois da abertura da ponte foi se reconstituindo a tão querida integração trinacional. Novos empreendimentos gastronômicos, novidades na área de hotelaria, e melhoras nas estradas, na área de feirinha, do marco da tríplice fronteira e obras de infraestrutura impulsadas pelo governo da província de Misiones.’’
Finaliza Solis sobre as melhorias do local após a abertura da fronteira.