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O panorama de eventos em Foz do Iguaçu está mais otimista do que nunca! Mesmo após um período de incertezas provocado pela pandemia, a cidade está experimentando uma notável revitalização em seu setor de eventos.
No epicentro dessa transformação está o Visit Iguassu, uma instituição que desempenha um papel crucial na captação e apoio a eventos associativos e corporativos. Entenda mais sobre como o setor de eventos da cidade se adaptou ao “novo normal” e as mudanças desde a pandemia:
Desafios e Diferenciais na Captação de Eventos — Antes da pandemia, o processo de captação de eventos passava por etapas de sensibilização e candidatura.
O gerente de Negócios & MICE do Visit Iguassu, Eduardo Prinz, explica que: “Começavamos o contato com pessoas dispostas a liderar a produção de um congresso e oferecíamos todo o apoio necessário, desde a visita de inspeção na cidade até o cumprimento das exigências da entidade responsável pelo evento através da formulação de dossiês e defesas de candidatura in loco”.
Com a pandemia, o cenário mudou. “Os prazos para a captação diminuíram e as incertezas aumentaram, exigindo uma maior agilidade no engajamento. Isso demandou um envolvimento mais profundo da instituição e uma agilidade ainda maior nos trabalhos”, aponta o gerente.
Em 2022, os 28 eventos captados e apoiados exclusivamente pelo Visit Iguassu reuniram 46.680 pessoas na cidade, gerando um impacto econômico de de mais de 61.5 milhões de dólares ou 307.5 milhões de reais injetados na economia local, com mais de 184 mil diárias em hotéis.
Evento realizado em 2022. Foto: Divulgação Visit Iguassu.
Felipe Gonzalez, presidente do Visit Iguassu, aponta alguns desafios no processo de atração de eventos.
“Os tomadores de decisão de sedes de eventos estão, em sua maioria, concentrados no eixo Rio-São Paulo, pois lá estão localizadas as sedes das grandes empresas e entidades nacionais promotoras de congressos científicos”, comenta.
Presidente do Visit Iguassu, Felipe Gonzalez. Foto: Divulgação.
Nesse sentido, há um certo desconhecimento com relação à potencialidade de outros destinos brasileiros. Aí entra o Visit Iguassu e seus associados: demonstrar que nosso destino não fica atrás dos grandes centros. Conseguimos unir a atratividade turística com centros de eventos e fornecedores de altíssima qualidade.
Gonzalez cita que outro desafio é a malha aérea, que segue com preços elevados e que ainda não retomou a totalidade do número de voos diários do pré-pandemia.
O trade turístico de Foz do Iguaçu segue trabalhando a estratégia de mercado junto à administração do Aeroporto de Foz do Iguaçu (CCR) e com foco em eventos latino-americanos, já que nestes casos podemos somar a força dos 03 aeroportos da região.
Hoje, o segmento de eventos também se diversificou. Antes da pandemia, o foco do Visit Iguassu era principalmente em congressos associativos. “Temos testemunhado um aumento significativo em eventos esportivos e corporativos, que tendem a ter processos de confirmação mais rápidos, fortalecendo assim o calendário de eventos do destino”, cita Gonzalez.
Panorama Antes e Depois da Pandemia — Em 2019, o Visit Iguassu captou 27 novos eventos com uma equipe de cinco profissionais. Em contraste, em 2022, com apenas dois profissionais, resultou na captação de 11 novos eventos.
“A expectativa é retomar os números anteriores à pandemia entre 2024 e 2025 visto que agora vamos conseguir retomar uma equipe mais robusta e também maiores investimentos nos processos de captação de eventos” informa Eduardo Prinz.
Eventos do segundo semestre de 2023
O calendário de eventos do segundo semestre de 2023 é promissor! No total, quase 15 mil pessoas virão ao Destino Iguaçu, resultado dos 14 eventos captados/apoiados pelo Visit Iguassu. Juntos, estes visitantes devem injetar R$98.8 milhões na economia local.
Além de fortalecer a economia local, a captação de eventos também ajuda a estabilizar o fluxo de turistas nos períodos de baixa temporada de lazer. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a Embratur, os turistas de negócios e eventos gastam em média US$329,39 por dia no Brasil, quatro vezes mais do que os visitantes de lazer.
“O trabalho de captação de eventos gera demanda. Quanto mais profissionais e inteligência de mercado tivermos, melhores serão os resultados. Esperamos retomar o crescimento e consolidar ainda mais nosso status como um dos principais destinos de eventos do Brasil”, Eduardo finaliza.